Cansei de ser Sexy

Essas palavras deveriam ser usadas por todos que são contra a “onda” que nos toma a cada dia. Uma “onda”, digamos, certa imposição nada saudável que nos faz sofrer por sermos normais, destruindo nossa auto-estima. A “onda” que me refiro é a tal “Vaidade Excessiva”. Isso mesmo! Somos obrigados a sorrir (com aqueles dentes super brancos a La Xuxa) como se fossemos felizes por estar dentro da moda, da onda que uma sociedade pobre nos impõe.

Queria eu ser apenas um cara com o cabelo desgrenhado, barba por fazer, camiseta larga...

Saliento que vaidade não têm nada a ver com higiene pessoal!

Pessoas amontoadas em academias em busca de um corpo nada natural, todas cheias de anabolizantes, fluoxetinas, anfetaminas e seus derivados. Sem falar dos cabelos super lisos com Formol, Guardidina, Tioglicolato, Escova Francesa e Marroquina. São tantas fórmulas que até nos perdermos nas inúmeras possibilidades de uma beleza imposta por padrões nada confortáveis.

Em salões de estética facilmente encontraremos pessoas bronzeadas, peles clareadas como se fosse porcelana a base de peelings, liftings e etc. Escravos de um culto, nos propomos a sacrifícios para ser o mais sexy possível, mais desejados que o Brad Pitty em Tróia.

Concordo que certa dose de cuidado faz bem para todos. E não podemos ser falsos moralistas, cheios de piegas para usar a celebre frase: “O importante é a beleza interior”!

O caralho para quem diz tamanha insanidade, senão cretinisse!!!

Alguém se apaixona pela luz interior, pelo pulmão ou intelecto alheio? Claro que não!

Porém, boa apresentação não quer dizer carinha de boneca Barbie.

Outra coisa que incomoda é a somatória de qualidades que o pobre indivíduo é obrigado possuir em seu currículo, como inteligência, beleza, bom humor, atração, popularidade, criatividade, enfim, são tantas as qualidades que são impossíveis de mencionar.

Para aqueles que concordam comigo, uma única saída nos resta. Tentar fazer o mínimo da maratona dos loucos “embelezados”, mas não fugindo totalmente para não acabar sendo rotulado, seja qual for o título que nos escolherem.